domingo, 5 de setembro de 2010

Ode ao tédio --yup, quero entediar vcs ^^

Tédio, amado tédio. Causador da preguiça extrema. Uma vontade devastadora de desligar completamente o cérebro. Alienar-me ao resto do mundo e poder, finalmente, explorar as partes mais inabitadas da mente humana, sem ter medo de ser feliz. De um jeito mais obscuro, mas feliz.
No ápice do que chamei minha vida toda de tédio, surge uma luz para iluminar meus pensamentos sombrios: damn, perdi aula e não entendi droga nenhuma da matéria. Então, para comprovar minha infeliz humanidade, um sentimento tórrido de remorso invade o âmago daquilo chamado de alma. O remorso. A culpa. Duas emoções humanas sendo ruminadas em meu organismo, causando uma iminente sensação depressiva. Momentânea, para o meu deleite.
A frustração de se sentir completamente inútil, perdida no vazio. Inerte, anseando ser puxada para fora da fossa repentinamente por alguém considerado importante. Mas desista, isso não acontece na vida real e você é obrigada a se erguer sozinha. Após a saída triunfante do tédio intenso, o tédio mortal chega e te mata. E você chega no meu estado. Yeah.
Olhei para o quadro. Deplorável. Pisquei pesadamente. Deplorável. Outra consequência inevitável do tédio: o sono. Um bocejo profundo acaba por contagiar as criaturas à minha volta. Dos dois, um: ou as pessoas são influenciadas ao cúmulo, ou o tédio é mais forte. Prefiro a segunda opção; estou entediada.
Tédio. Imaterial, substantivo abstrato, invisível, mas presente. Sempre presente. Entediando inúmeros seres durante toda a eternidade, envolvendo-os com sua capacidade de depressão em massa, afogando-os em seus próprios pensamentos irrelevantes e fúteis, matando-os lentamente.
Tédio. Meu companheiro tédio. Te entediei?

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